04/07/2015

Sete coisas que fazem as pessoas felizes


1 – Espiritualidade
As pessoas felizes têm como alvo elevado a busca pela espiritualidade, por algo extra-material. Buscam pela origem e sentido da vida além das atividades corriqueiras do dia a dia.
2 – Usam a palavra de forma construtiva
Pessoas felizes não costumam falar mal dos outros. Sabem que a palavra tem força e que deve ser usada apenas de forma construtiva, contribuindo para a melhoria do ambiente a sua volta.
3 – Não deixam a família influenciar na sua vida pessoal
As pessoas felizes sabem do valor da união da família, porém não deixam que exigências de supostos deveres familiares inventados influenciem em suas vidas. Sabem que o importante é sua vontade individual e não a da família.
4 – Pensamentos limpos
As pessoas felizes procuram manter o foco dos pensamentos puro, pois sabem que pensamentos influenciam os sentimentos e somente pensamentos livres de coisas negativas podem trazer a paz e a felicidade.
5 – Repouso do trabalho
As pessoas felizes usam momentos de descanso de suas atividades de trabalho para se aprofundarem no silêncio e, nestes momentos, tentar fazer a conexão com a espiritualidade. Sabem que na correria do dia a dia essa ligação é afrouxada.
6 – Têm boa vontade em ajudar
As pessoas felizes não são egoístas. Buscam ajudar outras pessoas com boa vontade sem esperarem algo em troca, apesar de saberem da lei do retorno de que a pessoa recebe na mesma medida do que dá. Procuram melhorar o ambiente que os cerca de todas as formas através de sua atuação.
7 – Respeitam a natureza
As pessoas felizes têm profundo respeito com a natureza e buscam sempre manter ligação com ela. Atuam de forma a mantê-la e protegê-la de todas as maneiras possíveis, seja através de suas atitudes no cotidiano, seja de forma ativa em prol da proteção ambiental. Sabem que fazemos parte da natureza como um todo e é ela que proporciona nossa vida e bem estar.

17/01/2015

Os efeitos dos pensamentos

Ganhei Coragem

“Mesmo o mais corajoso entre nós só raramente tem coragem para aquilo que ele realmente conhece", observou Nietzsche. É o meu caso. Muitos pensamentos meus, eu guardei em segredo. Por medo. Alberto Camus, leitor de Nietzsche, acrescentou um detalhe acerca da hora em que a coragem chega: “Só tardiamente ganhamos a coragem de assumir aquilo que sabemos”. Tardiamente. Na velhice. Como estou velho, ganhei coragem.
Ganhei coragem - Rubem Alves
“Mesmo o mais corajoso entre nós só raramente tem coragem para aquilo que ele realmente conhece", observou Nietzsche. É o meu caso. Muitos pensamentos meus, eu guardei em segredo. Por medo. Alberto Camus, leitor de Nietzsche, acrescentou um detalhe acerca da hora em que a coragem chega: “Só tardiamente ganhamos a coragem de assumir aquilo que sabemos”. Tardiamente. Na velhice. Como estou velho, ganhei coragem.

Vou dizer aquilo sobre o que me calei:  "O povo unido jamais será vencido", é disso que eu tenho medo.

Em tempos passados, invocava-se o nome de Deus como fundamento da ordem política. Mas Deus foi exilado e o "povo" tomou o seu lugar: a democracia é o governo do povo. Não sei se foi bom negócio; o fato é que a vontade do povo, além de não ser confiável, é de uma imensa mediocridade. Basta ver os programas de TV que o povo prefere.

O povo preferia os falsos profetas aos verdadeiros, porque os falsos profetas lhe contavam mentiras. As mentiras são doces; a verdade é amarga.

Os políticos romanos sabiam que o povo se enrola com pão e circo. No tempo dos romanos, o circo eram os cristãos sendo devorados pelos leões. E como o povo gostava de ver o sangue e ouvir os gritos! As coisas mudaram. Os cristãos, de comida para os leões, se transformaram em donos do circo.

O circo cristão era diferente:  judeus, bruxas e hereges sendo queimados em praças públicas. As praças ficavam apinhadas com o povo em festa, se alegrando com o cheiro de churrasco e os gritos. Reinhold Niebuhr, teólogo moral protestante, no seu livro "O Homem Moral e a Sociedade Imoral" observa que os indivíduos, isolados, têm consciência. São seres morais.  Sentem-se "responsáveis" por aquilo que fazem. Mas quando passam a pertencer a um grupo, a razão é silenciada pelas emoções coletivas.

Indivíduos que, isoladamente, são incapazes de fazer mal a uma borboleta,se incorporados a um grupo tornam-se capazes dos atos mais cruéis.Participam de linchamentos, são capazes de pôr fogo num índio adormecido e de jogar uma bomba no meio da torcida do time rival. Indivíduos são seres morais. Mas o povo não é moral. O povo é uma prostituta que se vende a preço baixo.

Seria maravilhoso se o povo agisse de forma racional, segundo a verdade e segundo os interesses da coletividade. É sobre esse pressuposto que se constrói a democracia.

Mas uma das características do povo é a facilidade com que ele é enganado. O povo é movido pelo poder das imagens e não pelo poder da razão. Quem decide as eleições e a democracia são os produtores de imagens. Os votos, nas eleições, dizem quem é o artista que produz as imagens mais sedutoras. O povo não pensa. Somente os indivíduos pensam. Mas o povo detesta os indivíduos que se recusam a ser assimilados à coletividade. Uma coisa é a massa de manobra sobre a qual os espertos trabalham.

Nem Freud, nem Nietzsche e nem Jesus Cristo confiavam no povo. Jesus foi crucificado pelo voto popular, que elegeu Barrabás. Durante a revolução cultural, na China de Mao-Tse-Tung,
o povo queimava violinos em nome da verdade proletária. Não sei que outras coisas o povo é capaz de queimar.

O nazismo era um movimento popular. O povo alemão amava o Führer.

O povo, unido, jamais será vencido!

Tenho vários gostos que não são populares. Alguns já me acusaram de gostos aristocráticos. Mas, que posso fazer? Gosto de Bach, de Brahms, de Fernando Pessoa, de Nietzsche, de Saramago, de silêncio; não gosto de churrasco, não gosto de rock, não gosto de música sertaneja, não gosto de futebol. Tenho medo de que, num eventual triunfo do gosto do povo, eu venha a ser obrigado a queimar os meus gostos e a engolir sapos e a brincar de “boca-de-forno”, à semelhança do que aconteceu na China.

De vez em quando, raramente, o povo fica bonito. Mas, para que esse acontecimento raro aconteça, é preciso que um poeta entoe uma canção e o povo escute: "Caminhando e cantando e seguindo a canção." Isso é tarefa para os artistas e educadores. O povo que amo não é uma realidade, é uma esperança.
Rubem Alves

02/01/2015

O que traremos para este novo ano?


Cada novo ano começa cheio de expectativas das pessoas. A pergunta que sempre fazemos é: O que este ano me trará?
Todos esperam que desejos sejam realizados, que pedidos sejam atendidos e que venha ao seu regaço tudo o que há de bom. Mas nós temos que mudar essa percepção e expectativa para o novo ciclo da vida que se inicia.
Lembrando-se de uma lei básica da natureza: somente dando é que se pode receber. Isso quer dizer que nós vamos receber somente na mesma medida do que doamos.
Então, para este ano, vamos criar uma expectativa diferente, positiva, de somente oferecer coisas boas para as pessoas e para o ambiente que nos cerca.
Doemos um trabalho com afinco para os nossos empregadores, empregados e clientes; doemos tempo para escutar as pessoas; doemos respeito e boa vontade; doemos compreensão pelas falhas e fraquezas do próximo; e por fim, doemos amor verdadeiro que abarca todas as outras coisas.
Assim, a pergunta correta para o ano que se inicia é: O que eu vou trazer para este novo ano?
Se fizermos todas essas coisas com boa vontade, não precisaremos mais exigir que um desejo se realize, mas o retorno de nossas ações virá automaticamente.
Por isso, vamos plantar somente coisas boas para que os frutos sejam da mesma espécie!